quinta-feira, 26 de março de 2009

“ Moça olha só o que eu te escrevi... ”

Passei a semana toda angustiado, pois não encontrava tempo suficiente para escrever sobre isso, colocar no papel os sentimentos, tentar abstrair o abstrato da emoção sentida no momento dos primeiros acordes até os últimos aplausos. Neste momento você se pergunta sobre o que tão glorioso ele escreve, algo que o nome se subestima é o apenas um festival ou como preferir “Just a Fest”.

O festival que aconteceu neste último domingo que reuniu duas das grandes bandas, que sonorizam a trilha da minha vida, nada menos que Los Hermanos e Radiohead. Confesso ultimamente estava ouvindo muito mais Los Hermanos e confesso também que não tenho as letras do Radiohead na ponta da língua, ao contrario do Los Hermanos.

Por estes motivos e pela incerteza que bate no coração de cada fã foi que o show do Los Hermanos me emocionou um bucado mais, e agora todas as dúvidas possíveis latejam na minha cabeça, será que é a última vez mesmo? Será que o até logo é ao mesmo tempo até nunca mais? Quanto tempo dura um até logo?

Fica as figas a torcida e a paz no coração que este show me deixou, por ser fã espero que voltem, por ser admirador que sigam o coração e façam o que tiver que ser feito. Não nego queria muito vê-los novamente ao vivo e juntos.

Só de pensar que poderia ter perdido, que comprei o ingresso aos 40 do segundo tempo me bate angústia maior. Ah! se eu não fosse o que eu estaria escrevendo? O Mundo é cheio de se’s, que as vezes é melhor nem pensar, como eles já mesmo escreverão “...aponta pra fé e rema...”.

Algumas pessoas falam de falta de ritmo de um clima estranho entre eles, não vou ser eu que vou julgar qualquer um destes quesitos, pois pra mim a emoção estava lá e fez o que a música deles sempre faz me emocionou. O show na minha opinião foi perfeito, o repertório escolhido me agradou muito e assim se fez um último ou quem sabe um “segundo primeiro” show de recomeço muito digno.

Para o Los Hermanos só deixo uma frase: não me importo em ver saudade em mim.

Sobre o Radiohead, um ótimo show, muito mais que eu esperava, tudo tão bonito, sincronizado, organizado, moderno, um primeiro show muito digno no Brasil. Por ser um conhecedor bem menos voraz de Radiohead as partes que mais me emocionaram foram as de músicas marcadas, como Fake Plastic, Paranoid Android e Creep.

O resumo da opera é que foi um ótimo festival e vai marcar minhas memórias muito pelos shows, mas também pela companhia e como foi. Conheci pessoas muito interessantes de Foz e algumas daqui também, que ficam como amigos guardados no coração, se não passarem de amigos de um dia, amigos de show, ok, o que vale é a qualidade do tempo, que foi passado junto.

No final das contas escrevi apenas 4 linhas falando da atração principal e nenhuma linha sobre a banda do meio (que não sei o nome e me da medo, porém nada contra), só que não consigo ser imparcial ao falar sobre sentimento e emoção, o papel em branco é mar aberto para remar pelo coração e escrever tudo que se sente.

Texto difícil de se terminar, porém vou finalizar dizendo que Los Hermanos domingo e Marcelo Camelo hoje, espero que se não voltarem, que continuem a musicalizar minha vida e deixo uma frase para expressar a incerteza.

“...Pode ser da vida assim acostumar, será morena?...o acaso assim esconder, cadê o amanhã...”


imagens tiradas de : http://musica.uol.com.br/album/just-a-fest-sp_album.jhtm?abrefoto=19

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