quinta-feira, 14 de junho de 2012

...ciclo predatório da vida...

...andava com o olhar desligado e distante, ainda não estava em si, despertou apenas quando chegou na parada de ônibus, ao retomar a consciência se questionou sobre o motivo de estar ali, na parada de ônibus em meio a neblina do começo de um dia de julho, pensou, e logo veio o estalo, estava a caminho do trabalho, pensou um pouco mais e voltou a dúvida, não sabia o sentido de estar ali, nada lhe parecia ser motivo, quanto ao trabalho, já havia esquecido de novo, buscava mesmo um sentido e não uma ocupação, não conseguia fugir de certas coisas, porém elas não a diziam nada, tudo era mais um peça, que se encaixava no ciclo, no ciclo predatório da vida, o lugar onde se deixam os sonhos do lado de fora, as portas de entrada são giratórias e similares as dos bancos, porém nos bancos os metais é que não são permitidos, ali não eram permitidos sonhos, inteligência, questionamentos ou qualquer coisa que era passível de distração para os parafusos, porcas e engrenagens, que se ocupavam no grande sistema, o dever era girar e girar se alienando sem saber os motivos...sem distração...girar...ciclo...predatório...sem alma...sem vida...só ocupação...

quarta-feira, 13 de junho de 2012

...sensações e experimentos...

...olhou para baixo, contou nos dedos as estrelas, isso mesmo, contou as estrelas, tudo está de ponta cabeça, o mundo se confunde com o céu e nada parece real, teve coragem e gritou sua crença, realizou e insistiu é apenas, é apenas uma vida, se não arriscar agora, vai arriscar quando, se não se perder agora, vai viver apenas seguro? Apenas seguro lhe parece uma merda, lhe parece o suicídio, ele se questiona sobre os frios na barriga, os tapas na cara, as merdas no caminho, os arranhões e até mesmo a decapitação, a morte, a ausência de coração. E então sem nenhuma resposta, sem absolutamente nenhuma resposta ele se mexeu, deu um passo, é e nessa hora que se classificam os loucos, malucos, insanos e os diferentes, pois quem por mais burro que pareça, dá um passo sem resposta alguma, pois é foi exatamente o que fez, deu o passo para o abismo onde se misturou com as estrelas, e agora ele já se questionava sobre a beleza daqueles astros, mas ele deu esse passo, e por ironia do destino o tempo não apaga nenhum passo, tudo está em memoria, mesmo que seja memoria póstuma, e ele seguiu vagando, seguiu com a solidão, ou com companhia da sua mente, que ele teima e insiste que tem uma voz descolada da sua, uma voz sublime e subliminar, que no final das contas é apenas mais um plano de fundo, ele não da a menor foda, pois nada importa agora, mesmo perto das estrelas, tudo é solidão...

...enfim...

...ao contrário da maioria das e dos profissionais dessa area, eu me vejo como uma puta durante o dia e pseudo pensador durante a noite, onde posso ser eu e me questionar, ainda sem muita ação, mas alcanço a liberdade mental, nas horas que não me vendo eu me vejo.
mas no final das contas e no pior de tudo, eu não vendo nem se quer prazer, eu não vendo nada de bom, no final das contas eu nem sei o que estou negociando, acho que são apenas horas da minha vida... apenas isso?

quarta-feira, 6 de junho de 2012

...alguma contradição...

...quanto menos entendo do mundo mais me encontro, e entendo e me vejo bem longe e fora disso aqui que chamam de sociedade, coitados, acham que estão sempre certos, tenho dó desses, o equivoco e o erro é o melhor território, é o território da sinceridade e humanidade, todo o resto é padrão ou encomendado...girando no tic tac e sendo sempre o que lhes sugeriram, padrões, ladõres de alma, malditos...

segunda-feira, 4 de junho de 2012

prefiro assim...

...com erros, porém sem grandes medos...prefiro assim...arriscando, e quem sabe quebrando a cara...