quarta-feira, 13 de junho de 2012

...sensações e experimentos...

...olhou para baixo, contou nos dedos as estrelas, isso mesmo, contou as estrelas, tudo está de ponta cabeça, o mundo se confunde com o céu e nada parece real, teve coragem e gritou sua crença, realizou e insistiu é apenas, é apenas uma vida, se não arriscar agora, vai arriscar quando, se não se perder agora, vai viver apenas seguro? Apenas seguro lhe parece uma merda, lhe parece o suicídio, ele se questiona sobre os frios na barriga, os tapas na cara, as merdas no caminho, os arranhões e até mesmo a decapitação, a morte, a ausência de coração. E então sem nenhuma resposta, sem absolutamente nenhuma resposta ele se mexeu, deu um passo, é e nessa hora que se classificam os loucos, malucos, insanos e os diferentes, pois quem por mais burro que pareça, dá um passo sem resposta alguma, pois é foi exatamente o que fez, deu o passo para o abismo onde se misturou com as estrelas, e agora ele já se questionava sobre a beleza daqueles astros, mas ele deu esse passo, e por ironia do destino o tempo não apaga nenhum passo, tudo está em memoria, mesmo que seja memoria póstuma, e ele seguiu vagando, seguiu com a solidão, ou com companhia da sua mente, que ele teima e insiste que tem uma voz descolada da sua, uma voz sublime e subliminar, que no final das contas é apenas mais um plano de fundo, ele não da a menor foda, pois nada importa agora, mesmo perto das estrelas, tudo é solidão...

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