quinta-feira, 11 de setembro de 2008

O ABC dos anseios...

Nessa terça fui ao dossiê Jovem MTV 04, o assunto era sustentabilidade a apresentação foi muito boa, executada pelo filosofo do departamento de teologia da PUC: Mário Sérgio Cortella, muito do que ele falou me fez refletir absurdo, porém não vou falar neste post nem dele e muito menos de sustentabilidade.

O que mais me tocou no estudo, é que a pesquisa é sobre jovens e me identifiquei e eu estou dentro do universo projetado, e muitos dos anseios daqueles jovens na tela, que representavam o Brasil, eu passo ou já passei e quem sabe talvez sempre irei passar.
Então foi como ver a alma do jovem brasileiro refletida na tela em suas diversas formas de expressão e atitude. Um auto-retrato falado e contado, e que na maioria das vezes transparecia verdade e sinceridade.

Anseio é uma coisa que se tem ao longo da vida, eles nunca vão te deixar e saber que as suas escolhas, traçam o desenho do seu destino sem saber se o se existisse o que aconteceria, a velha e eterna síndrome do se, e se eu tivesse feito assim ou assado, esse sentimento é difícil de ser esquecido, porém devemos tomar as decisões e seguir fortes e vivos. O Cortella fez uma citação, que se encaixa muito bem aqui, porém não me lembro de quem é a frase: “A vida é muito curta para ser pequena“.

Como eu vinha dizendo anseios são coisas da vida, porém eles são diferentes por causa do momento de vida, necessidades e experiências, os dessa fase são uns dos primeiros mais sérios e relevantes para o rumo que nosso destino irá tomar.

E nos jovens entrevistados eu conseguia enxergar claramente os mesmo anseios que eu tenho e tive, nossa geração é um tanto quanto imediatista, é sempre agora, de fato as coisas não podem esperar muito mesmo, pois na velocidade que anda o mundo se deixarmos escapar algo, amanhã será tarde demais para se conseguir essa segunda chance. Então não deixe de fazer o que você podia, quando não queria e quando devia não podia mais fazer (é mais ou menos isso).

Todos os rostos e falas dos entrevistados me fizeram escrever esse texto, porém existem duas falas e opiniões principais que enraízam toda essa discussão mental, que se gerou na minha cabeça. Ambas tratam mais ou menos do mesmo assunto, o futuro, não o futuro do mundo ou de tudo e sim um pensamento bem mais egoísta, porém todos têm que se preocupar, e é o futuro de cada um, com o pensamento o que eu farei amanhã ou sempre.

O primeiro anseio foi um que eu passei e ainda passo, porém tento pensar muito antes de qualquer coisa, este é o anseio do: e agora preciso escolher o que fazer? Todo o jovem quando acaba a escola, se vê em beco sem saída ou escolhe seu destino agora ou não será nada, não fará nada, estou tratando o assunto de um ponto bem superlativo, porém quando foi a minha hora eu me senti assim, pois existem pressões de todos os lados, mesmo que os indivíduos causadores de pressão não assumam, existe pressão da família, da escola, de grandes exemplos e de tudo ao seu redor todos os padrões e paradigmas.

Existem opiniões muito diferentes, que não ajudam em nada só atrapalham, qualquer caminho que você pensa, que não se enquadra no modelo de vida é descriminado, algo que não seja feito pelo caminho: ensino superior, estágio, efetivação, promoções, casamento, filhos e aposentadoria, não é muito bem aceito pelos pólos criadores de pressão.

Se você escolhe este caminho padrão você é presenteado com o fim de semana, para fazer qualquer coisa que você queira só que o fim de semana é apenas dois dias e a semana é cinco dias, uma divisão um tanto quanto injusta. Na verdade acho essa divisão um tanto quanto desprezível, não devíamos contar como semanas ou fins de semana, deviam olhar como dias de vida e fazer coisas que nos dão prazer os sete dias da semana, o mundo perfeito é que todos conseguissem que as coisas que gostam sejam o seu trabalho.

A segunda fala que me deu inspiração está totalmente ligada com a primeira situação, pois estamos bem mais veneráveis a informação e conhecimento, isso é ótimo, porém você se olha e pensa meu, eu gosto de tanta coisa quero fazer tanta coisa, só que você precisa fazer suas escolhas, pois em algum momento da vida você precisa se tornar bom em alguma dessas coisas, para se sustentar e sobreviver os cinco dias da semana e viver os dois do fim de semana, é assim que está se traçando a sociedade. Porém como disse o entrevistado mesmo gostando de tanta coisa, eu to escolhendo e to vivendo e to gostando, eu simplesmente assino em baixo, está acontecendo o mesmo comigo.

Ser jovem é difícil, tão difícil quanto nas outras épocas,só que com preocupações diferentes, não com muitas revoluções sociais, porém com muitas revoluções pessoais, apenas nos estabilizando internamente, é que conseguiremos olhar para fora da maneira que vai fazer a diferença para a sociedade e o mundo, talvez um pensamento egoísta e centrado, só passa por essas reflexões os jovens que pensam, pois existem tantos outros que tem a cabeça vazia.

3 comentários:

Anônimo disse...

somos o que queremos ser, mas a certeza é corrente, uma cachoeira que segue misturando a outras águas.

Anônimo disse...

É, os anos e as semanas parte da nossa alienação ao sistema que vivemos, para mim existe apenas o dia e a noite, a decomposição.

Mas se eu fosse criar finais de semana, já que esses são quando planejamos um lazer longe do trabalho, fazeria assim: SÁBADO E DOMINGO/ SÁBADA E DOMINGA e SÁBADOM

seriam cinco finais de semanas
e cinco dias durante a semana.


A vida é uma só, e isso é uma das poucas frases feitas, que fazem eu pensar, vale a pena?


vale.

Anônimo disse...

Impossível não se identificar com esse post!!!!!!
SOMOS O Q QUEREMOS SER, sim...com certeza!!Mas o q queremos ser??Q papel queremos ter nessa sociedade?Nesse mundo alucinado/caótico e PERFEITO??!!
Acho q os anseios se renovam sempre e,por mais conscientes e maduros q possamos nos tornar a indecisão e a incerteza sempre irão nos seguir como sombras!E é isso q nos faz refletir sobre o q realmente vale a pena!!
E a vida por mais louca q seja VALE MUUUUUUUUUITO A PENA!!!