quinta-feira, 2 de outubro de 2008

A desconstrução da construção...

Ontem eu fui em uma apresentação do Google, aqui mesmo na agência, falava de internet é claro, porém principalmente da visão e da forma de negócio do Google, e exaltava o potencial de crescimento e a dimensão que eles tomaram em 10 anos de existência, porém isso é assunto para outro post.

O que eu realmente quero comentar no post é como a internet vêem mudando e como seu potencial pode ser usado, toda essa mudança para um lado é muito rápida, que é o lado das grandes corporações, que ainda não sabem lidar com essa evolução em contra ponto para o usuário essa mudança é quase que natural e necessária.

Hoje a internet é a única forma de comunicação, que é um meio de dois vértices, pois é abastecida com conteúdo das grandes entidades e corporações, só que também é abastecida pelos usuários com o que quiserem e como quiserem, pois podemos colocar vídeos, textos, fotos e etc sobre tudo e todos.

O fato de ser um meio de dois vértices é o que mais incomoda as corporações, que estavam acostumadas a manipular as informações e desvincular os pontos negativos dos positivos, antigamente recebíamos a informação via anúncio de TV, revista ou jornal e não tínhamos formas rápidas e com tamanha disseminação como a internet, hoje com nossas opiniões abertas “influenciamos” muito mais pessoas e nos comunicamos mais.

Hoje em dia são 10 horas de vídeo postado no youtube por minuto, é uma gama de informação muito grande, muitas inúteis e outras com seus propósitos.

Todo esse conteúdo pode ser disseminada e gerar assunto e opiniões,e por isso que eu coloquei como a desconstrução da construção, pois cada vez mais os consumidores estão suscetíveis a opiniões de outros consumidores, é mais limpo e transparente e por isso que o relacionamento empresa – consumidor deve ser cuidado com muito zelo, a tendência é que as marcas se aproximarem do mundo do seu consumidor, pois é importante uma marca ser falada pelo seu consumidor só que o foco é receber bons comentários e demonstrações de amor pela marca.

Muitas marcas não tiveram o expertise de fazer esse tipo de jogada de comunicação e trabalham da forma antiga ainda, segmentando os meios e as mensagens cada vez mais, só que todo o conteúdo off pode gerar reação on.

E a internet pode ser o motivo da desconstrução da imagem que uma marca demorou anos para construir, se esta não tomar o cuidado com a maneira que irá se comunicar e posicionar esta pode gerar estranheza com o internauta, que não necessariamente é o consumidor, porém é um influenciador do seu consumidor.

Um caso que mostra como as grandes corporações não se tocaram da força da internet e como um adolescente tem recursos suficientes para expandir a mensagem, que ele quiser com algo que o incomodou ou o fez satisfeito, é o da Unilever.

A Unilever lançou um filme da Dove, acompanhando o conceito de real beleza, que mostra cenas da indústria da beleza e cirurgia plástica e no final deixa uma mensagem: fale com a sua filha antes que a indústria da beleza fale, muito bom lindo praticamente um trabalho social, dizendo para as mães tomarem cuidado com as filhas que podem ser influenciadas e tal.

A única coisa que a Unilever esqueceu foi que Dove não é seu único produto e que o consumidor sabe disso, então algum internauta incomodado com a tamanha cara de pau da Unilever, decidiu editar o comercial e mostrar, que a Unilever diz outras coisas para a sua filha então converse com ela antes da própria Unilever. O internauta usou as cenas de anúncios do Axe para desconstruir o filme da Dove, pois mesmo o produto sendo masculino os anúncios dizem que as mulheres são vagabundas e fazem qualquer coisa por um homem cheiroso, e os anúncios são todos trabalhados com o estereótipos impostos pela mídia.

Para piorar a situação o Greenpeace se utilizou da mesma campanha para realizar um protesto contra Dove, dizendo para falarmos com a Dove antes que ela destrua todo o planeta.

A campanha pode ter tido um bom resultado para a Unilever, só que as informações negativas sobre a Dove e a Unilever, que foram propagadas geram um incomodo. No saldo final, o vídeo original foi visto em média 250 mil vezes, só que o vídeo do internauta foi visto 150 mil vezes e o do Greenpeace 550 mil vezes, pense quantas pessoas não assistiram esse vídeo e isso pode influenciar na decisão de compra.

O que eu quero dizer com esse post é que a internet é o playground de todo jovem que é engajado ou revoltado (me incluindo) seja como você quer o chamar, e coloquem suas opiniões se expressem o ponta pé inicial é importante então não pense que está sozinho.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eeeee papo publicitário!!!!!!!!!!!