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Eu que tantas vezes discorri e argumentei sobre o tempo, e sobre seu valor, hoje não sei mais dividi-lo e me perco no meio dele, os ponteiros caminham sorrateiros sobre meus olhos e eu me desespero, pois sim o tempo é meu, mas não sei com que usá-lo. São tantas coisas para se dar atenção tantas pessoas passando por ai, e é nessa hora que confesso que as linhas da vida digital perderam o sentido pra mim, mas acredito nisso aqui e tudo que podemos construir através desse compartilhamento de idéias, opiniões e por que não ações na vida, e agora digo na vida real.
Então irei voltar, calcular o meu tempo e dar valo a tudo, a tudo que acredito, a contradição bateu na minha porta, porém estou convidando ela a se retirar, e não deixar as meias palavras de que vou escrever caírem em esquecimento, não será só uma promessa, irei cumprir.
Nem que seja uma linha para preencher os espaços em branco dos meus pensamentos.
Média de Permanência - minutos
Bom como eu disse não é novidade as coisas que postei, porém são úteis. Como todos já sabem o Twitter está crescendo em uma velocidade impressionante em unique visitors cresceu 1202% e em tempo de permanência 15,4%, em um cenário onde o myspace caiu 58% e o orkut 34%. Considerando apenas essas 4 redes sociais que analisei via compete.com ( com site que traz muitas informações úteis de índices de Internet) apenas o facebook e o twitter se mantêm em ascensão.A sociedade de aparências de valorização do objeto como fonte de respeito social e agregação, atinge hoje as crianças e é um problema lamentável e triste, ”pois a criança que deveria correr sem preocupação hoje ela corre preocupada com seu salto alto, pois pode cair e se machucar...”
Escrevo este post, pois vi um documentário no canal Ideal, chamado: Criança, a alma do negócio de Estela Renner e Marcos Nisti, era um formato bem parecido com um focus group entrevistando crianças, mães e profissionais de diversas áreas, tendo partes individuais e em grupo.
Todo o documentário estava baseado no desejo de consumo das crianças brasileiras e como elas se tornaram um dos principais alvos para a publicidade, que explora a inocência e a ingenuidade infantil para tratá-las como mini adultos e não mais como crianças, e muitas vezes colocando os pais como os vilões da história, que acabam cedendo às pressões dos filhos.
Hoje em dia é inegável que a mídia tem um papel na formação de valores para essa sociedade, pois os antigos pilares, que eram igreja e família, perderam força por diversos motivos que podemos resumir em desenvolvimento da sociedade e assim sendo o enfraquecimento das tradições e falta de tempo.
Vou focar no pilar familiar, que ainda é mais importante na formação do individuo, só que este vem perdendo terreno para a mídia por causa do tempo, ou da falta dele, pois hoje os pais se encaixam na vida como ela é, pois precisam pagar as contas e sustentar suas famílias,e assim a vida é trabalho e o trabalho é vida, muitas vezes sobrando poucas horas para o afeto e contato com os filhos. Quem se apossa desse tempo que os pais não têm é a TV (a criança Brasileira é a que mais vê TV no mundo, praticamente 5 horas por dia), e assim moldando e bombardeando as crianças de mensagens muitas vezes com valores trocados e exaltando o consumismo nas pequenas cabeças ainda não formadas.
Depoimentos de mães confessavam que às vezes o brinquedo ou o presente era uma válvula de escape para a pouca atenção, que podiam doar aos filhos. Muitas vezes o brinquedo tanto desejado pela criança nem era usada, pois o prazer muitas vezes esta no desejo do consumo. Uma entrevistada disse a seguinte frase “as crianças pedem coisas que elas não precisam e nós damos essas coisas em vez de dar o afeto”.
Algumas entrevistas com as crianças me assustaram, pois na simples pergunta em escolher shopping ou praia, a maioria das crianças escolheu shopping, e em uma atividade em grupo a condutora do focus group colocou no chão dois papeis um escrito comprar e outro escrito brincar e para a minha surpresa apenas uma das 5 crianças escolheram brincar, todas as outras preferiram comprar, a indagação do menino que foi contra o fluxo foi a seguinte “aqui ninguém gosta de brincar?”
Em mais uma atividade das entrevistas, a mediadora desta mostrava frutas e verduras para uma criança e sem nenhum conhecimento sobre o assunto esta não acertou nenhum, nem os mais fáceis como manga e pimentão, porém no momento que a entrevistadora mostrou pacotes de salgadinho como o nome da marca escondido a criança não errou nenhum. Um fato que me assustou e prova que boa parte dos seus referenciais de vida vêem da telinha da TV e da publicidade nela inserida.
O fato é que não é errado a criança ter desejos, porém devem ser os desejos próprios não aqueles implantados pela publicidade e padrões de beleza. Estamos ignorando a infância do nosso país e moldando mini compradores para abastecer a indústria. Deixando de lado essa fase de vida estamos comprometendo o futuro.
A maioria dos países desenvolvidos possui leis para a publicidade infantil, regulamentando e às vezes até proibindo em alguns horários, será que não é uma medida cabível no Brasil?
Vou postar um trailer que resume o propósito do documentário, e que irá explicar e exemplificar milhões de vezes melhor do que eu.
Criança, a alma do negócio.
Sei faz tempo que não escrevo, que sobre o que irei escrever já se passou uma semana, também sei que faz pouco tempo que falei disso de Los Hermanos e de Marcelo Camelo, só que é fato semana passada se contar em horas acho que eu o vi mais do que meu pai, RS... no domingo e na quinta, quando fui ver seu show solo, e é sobre este que irei escrever.
Confesso sou fã de Los hermanos, quero que eles voltem, só que eu não posso negar a qualidade do trabalho solo do Marcelo Camelo e fico muito contente por sentir praticamente a mesma felicidade, que eu sentia ao ouvir as músicas da banda unida.
Seu trabalho é realmente emocionante, as faixas que valorizam o violão e tem suas introduções intermináveis me trazem o encanto e conseguem introduzir perfeitamente as frases sucintas e tocantes, que entram na alma e cavam o que há de melhor em ser humano.
O show foi dia 26/03 no SESC Pinheiros, foi o primeiro show solo dele que presenciei, e valeu a pena. O ambiente estava perfeito, o teatro escuro poucas luzes, valorizavam o que era importante ali a música, toda aquela atmosfera envolvia, eu não sabia se deveria cantar alto ou admirar em silêncio, mas quem já foi em shows do LH sabe, é um dos públicos que mais canta junto e não teve jeito o coro foi se formando e acompanhando cada música seja ela solo ou da carreira antiga.
Marcelo Camelo junto com a banda Hurtmold fez um grande show eu recomendo, eles tocaram 3 músicas do Los Hermanos: Morena, Santa Chuva e Além do que se Vê, e uma música, que ficou muito conhecida na voz da grande cantora Maria Rita, que é Despedida.
Um bom show que vai ficar marcado, seja pela qualidade do som, como pela acessibilidade, pois paguei apenas R$ 5,00 por ser comerciário e ter o direito de ser sócio.
Vou deixar alguns vídeos, que irão descrever e ilustrar o show infinitamente melhor que eu.
Bom dia, responsável público hoje é dia de uma arte milenar, que alegra trás magia a crianças adultos e quem mais estiver disposto a deixar a alegria entrar no coração e alma.
Hoje é dia do circo, uma arte antes utilizada apenas como recurso de distração ao povo ( pão e circo para o povo), hoje é motivo de orgulho e é um estilo de vida, muitas vezes admirado outras marginalizado.
Eu não nego minha admiração e respeito por esta arte, que hoje traz diversos seguidores e que vêem se valorizando cada vez mais com escolas e reconhecimento do público. Ainda existem os extremos das pirâmides, os circos caros, milionários, internacionais e também os circos que mantém a tradição nômade e a boa e velha loja, que guarda mais histórias do que se pode ver estrelas no céu e que vive acumulando sorrisos por onde passa.
Hoje é dia do circo meu amigo, e tiro o meu chapéu para todos que participam desta magia e que sempre continuem e que se renovem e evoluam.
O festival que aconteceu neste último domingo que reuniu duas das grandes bandas, que sonorizam a trilha da minha vida, nada menos que Los Hermanos e Radiohead. Confesso ultimamente estava ouvindo muito mais Los Hermanos e confesso também que não tenho as letras do Radiohead na ponta da língua, ao contrario do Los Hermanos.
Por estes motivos e pela incerteza que bate no coração de cada fã foi que o show do Los Hermanos me emocionou um bucado mais, e agora todas as dúvidas possíveis latejam na minha cabeça, será que é a última vez mesmo? Será que o até logo é ao mesmo tempo até nunca mais? Quanto tempo dura um até logo?
Fica as figas a torcida e a paz no coração que este show me deixou, por ser fã espero que voltem, por ser admirador que sigam o coração e façam o que tiver que ser feito. Não nego queria muito vê-los novamente ao vivo e juntos.
Só de pensar que poderia ter perdido, que comprei o ingresso aos 40 do segundo tempo me bate angústia maior. Ah! se eu não fosse o que eu estaria escrevendo? O Mundo é cheio de se’s, que as vezes é melhor nem pensar, como eles já mesmo escreverão “...aponta pra fé e rema...”.
Algumas pessoas falam de falta de ritmo de um clima estranho entre eles, não vou ser eu que vou julgar qualquer um destes quesitos, pois pra mim a emoção estava lá e fez o que a música deles sempre faz me emocionou. O show na minha opinião foi perfeito, o repertório escolhido me agradou muito e assim se fez um último ou quem sabe um “segundo primeiro” show de recomeço muito digno.
Para o Los Hermanos só deixo uma frase: não me importo em ver saudade em mim.
Sobre o Radiohead, um ótimo show, muito mais que eu esperava, tudo tão bonito, sincronizado, organizado, moderno, um primeiro show muito digno no Brasil. Por ser um conhecedor bem menos voraz de Radiohead as partes que mais me emocionaram foram as de músicas marcadas, como Fake Plastic, Paranoid Android e Creep.
O resumo da opera é que foi um ótimo festival e vai marcar minhas memórias muito pelos shows, mas também pela companhia e como foi. Conheci pessoas muito interessantes de Foz e algumas daqui também, que ficam como amigos guardados no coração, se não passarem de amigos de um dia, amigos de show, ok, o que vale é a qualidade do tempo, que foi passado junto.
No final das contas escrevi apenas 4 linhas falando da atração principal e nenhuma linha sobre a banda do meio (que não sei o nome e me da medo, porém nada contra), só que não consigo ser imparcial ao falar sobre sentimento e emoção, o papel em branco é mar aberto para remar pelo coração e escrever tudo que se sente.
Texto difícil de se terminar, porém vou finalizar dizendo que Los Hermanos domingo e Marcelo Camelo hoje, espero que se não voltarem, que continuem a musicalizar minha vida e deixo uma frase para expressar a incerteza.
“...Pode ser da vida assim acostumar, será morena?...o acaso assim esconder, cadê o amanhã...”
O treinamento acabou cedo antes do previsto, e assim me dei o direito de matar esse meu tempo livre, que é tão raro e escasso nos dias de semana, que nem pensei duas vezes fui usar esse tempinho para mim e que mal tem atravessar a rua entrar na Livraria Cultura e curtir um tempinho em meio as letras e bons livros.
Não fui muito seletivo, essa talvez foi minha sorte, peguei qualquer livro que me chamasse atenção seja pelo titulo ou pela capa, não procurei os autores comentados e famosos, alcancei e em interessei por dois livros de “anônimos”, que por acaso tinham o mesmo assunto: vidas anônimas.
Li praticamente o primeiro capítulo de cada e por incrível que pareça as histórias e contos se misturavam na minha cabeça, estava interessado em comprar um deles, sabe como é o orçamento é curto o mês ainda ta no começo ainda existem contas em pendentes, eu tinha que escolher. Ambos estavam abortando um assunto que eu tenho interesse, como posso dizer, já sei : as pequenas grandes coisas do cotidiano, é assim que eu descreveria.
Um contava uma história anônima, totalmente fictícia e o outro era uma seleção de crônicas da vida real, que por acaso já foram publicadas no Jornal Zero Hora, a segunda opção foi a escolhida não apenas pelo fato de ser da vida mas também pelas prefácio. O livro tem o nome do titulo que inicia esse texto ou é o texto que tem o nome que da vida ao livro, vocês entenderam o livro se chama : “A vida que ninguém vê” de Eliane Brum, tudo bem ela nem é tão anônima assim, era só pra dar mais gostinho ao texto.
Bom vou terminar com algumas palavras de Marcelo reach, o redator chefe do Zero Hora, que deu essa missão de escrever e descrever a vida rotineira para Eliane Brum e não se arrependeu.
“...Eliane iluminou um mundo recluso, obscurecido pela emergência da noticia ou pela máxima de que, em jornalismo, a história só existe quando o homem é quem morde o cachorro...”
E a frase que mais marcou e fez eu levantar daquele pufe e comprar o livro foi: “ Boa Viagem pela vida. “
Vou destacar as primeiras linhas do livro:
“ O mundo é salvo todos os dias por pequenos gestos. Diminutos, invisíveis. O mundo é salvo pelo avesso da importância. Pelo antônimo da evidência...”
Poderia dizer que isso resume tudo que eu venho tentando escrever, porém um milhão de vezes melhor, mas pequenas coisas e os grandes gestos de todos que fazem as grandes diferenças no final.
A proposta desse livro me lembra o objetivo de um blog, que já coloquei aqui, porém vale a pena destacar novamente: De casa para o trabalho.
Vou terminar por aqui dizendo para abrirmos os olhos para os fatos simples e coisas tolas. Vamos evidenciar o avesso da importância, assim se salva do dia, assim se vive a vida.
Sempre existem boas histórias.Tudo simples e comum, como a rotina e o dia a dia se encarregam de ser, apenas uma coisa mudou e alegrou meu dia, algo simples, porém que dá esperança do dia ser bom, de ser bem vivido.
Eu estacionei o carro em uma das ruas, que costumo parar, e fui caminhando e daquela guarita verde na esquina, vinha um som e ao som eu fui caminhando em direção à mesma, para sentir e presenciar aquela manifestação de arte.
Os dois seguranças da guarita faziam um som típico e eu fui levado até eles ao som daquele velho e bonito arcodeom, e assim eles seguiram a canção sem se incomodar comigo, e não era para se incomodar mesmo o meu sorriso anunciava a gratidão e a felicidade por acompanhar aquele momento. E assim eles me confessaram, que matavam o tempo do seu posto de trabalho.
É assim que vou seguindo a vida, me alegrando com cada manifestação simples e com cada raio de sol, que alcança minha pele e me aquece de alegria.
Há algum tempo andei pensando
Como agente vive um contratempo contra o tempo
É simples, leva pouco tempo para entender :
Por que temos que gastar a maior parte do nosso tempo, para que no tempo que nos resta usarmos o tempo para aquilo que queríamos fazer o tempo todo?
Todo o tempo do mundo não me respondeu a tempo de eu usar o meu tempo para escrever sobre o tempo.
O pior é que me dizem que é perda de tempo passar tanto tempo pensando no tempo que gastamos, porém para mim perda de tempo é não usar nem um pouco do tempo para pensar a tempo antes que o tempo se vá. E sem pensar continuaríamos gastando todo nosso tempo com coisas que nem queríamos ter tempo.
Porém nesse meio tempo não descobri a resposta desse contratempo, porém vou procurar tempo para olhar as respostas que o tempo traz.
Vou deixar um frase, que eu ouvi em algum lugar e não sei quem falou, porém vale gastar um tempo para pensar no que ela tem a dizer:
“Os homens gastam todo o seu tempo para ganhar dinheiro, e depois gastam todo o dinheiro para ganhar um pouco mais de tempo.”
Contraditório né, porém é a mais pura verdade, é só pensar e é triste.
Nesse texto o tempo se repeti diversas vezes, diferente da sua vida onde cada tempo é um tempo, ou quem sabe o tempo é um só e ele não volta mais, então valorize o seu tempo, pois nenhum tempo do mundo vai fazer você recuperar o tempo passado e perdido.
Viva o seu tempo.
Talvez nenhuma conclusão muito foda, porém me chamou atenção isso pois no período que eu estive de férias nem lembrava que café existia e ontem já foram 3 simbólicos e humildes cafezinhos, dois para controlar o sono pós-férias e um para matar uns 15 minutinhos de trabalho.
Então equação lógica:
Trabalho = (sono ³) + (café ²) = (8 horas) x (30 dias) = salário final do mês
Bom, acredito que viajei, porém faz sentido e é um mal necessário por enquanto, pois quem me sustenta é aquele salário que está no final da equação de Renatus (devaneio momentâneo, pra mim todos esses caras que inventam algo tem o nomes com final engraçado, com todo respeito).
Ps: viajei, mas é a culpa da voltar ao trabalho.
Uma pausa, um descanso, respirar é preciso você mais nota isso quando acaba, quando você volta e principalmente quando você veste a calça novamente.
Um dos meus grandes desesperos foi ter que usar calça diariamente, porém você se acostuma o pavor passa e fica tudo bem, porém quando suas canelas experimentam a liberdade total de novo é difícil educar elas como antes, porém vamos ver hoje é só primeiro dia de cárcere, então logo mais elas se reeducam e tudo fica bem.
Porém é necessário pagar as contas e ganhar o pão de cada dia, quem sabe um dia eu consiga viver à margem desse sistema e alimente todas as minhas verdades mais obscuras e desejos mais incontroláveis que fui obrigado a controlar para me enquadrar no “sistema”.
Enfim, respirar é preciso voltar também é.
Escrevi algumas linhas e tenho a impressão que não disse nada, quem sabe no começo não devemos dizer nada mesmo.
